segunda-feira, 7 de março de 2016

Em 2007, a japonesa Toshiko publicou o livro “Ganbareba Shiawase ni Naeruyo" (em português, "Continue tentando, você vai ser feliz"). Nesta obra, ela descreve as conversas que teve com seu filho, Naoya, enquanto o menino estava lutando contra o câncer. Por quatro anos, a mulher observou seu menino lutar corajosamente contra a doença.
Naoya sempre colocou os outros antes de si mesmo, manteve a cabeça erguida e acreditou em seu futuro, até mesmo durante os momentos mais dolorosos. Muito forte e maduro para sua idade, esse garoto de 9 anos tocou o coração de milhares de pessoas e inspirou multidões a nunca desistir.
Naoya Yamazaki nasceu em 1992 na província de Kanagawa, no Japão. Quando era pequeno, ele foi um menino travesso "como qualquer outro", segundo sua mãe. Ele tinha apenas cinco anos quando a doença apareceu.
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Ele foi diagnosticado com um tumor malígno chamado Sarcoma de Ewing, uma doença rara que atinge apenas uma em cada 100.000 pessoas, na qual as células cancerígenas encontradas nos ossos e tecidos macios são altamente metastáticas. Isso significava que Naoya tinha que ser tratado com uma radiação extra forte para prevenir a proliferação desenfreada do câncer. Os tumores encontrados nos quadris foram removidos cirurgicamente mas, durante semanas, ele teve que suportar os terríveis efeitos colaterais da quimioterapia.
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Ele estava pronto para voltar à escola, mas o tumor reapareceu em diferentes partes do corpo. Cada vez que ele fazia uma cirurgia, se seguiam também diversas sessões de quimioterapia. Sua mãe, Toshiko, esteve sempre ao seu lado.  Ver seu filho com tanta dor partia seu coração e ela sempre repetia estas palavras: “eu trocaria de lugar com ele, se pudesse". Porém, toda vez que Naoya ouvia sua mãe dizendo esta frase, ele tentava convencê-la do contrário. 
"Ele balançava a cabeça e dizia, 'Não, você não poderia, tinha que ser eu. Só eu posso aguentar isso. Seria muito pra você, mamãe'."A dor causada pelo câncer era severa e os efeitos colaterais da quimioterapia eram brutais. Ele não só nunca reclamou, como também nunca deixou sua mãe se preocupar. Em vez disso, ele estava sempre tentando animá-la.
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Apesar de sua imensa força de vontade, a condição de Naoya piorou gradualmente. Em junho de 2001, o câncer chegou na sua medula óssea, o que indicava que as células cancerígenas haviam se espalhado por todo o seu corpo, e que não havia nada mais a fazer. Naoya tinha 9 anos.
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A dor se intensificava a cada dia, mas Naoya acreditava seriamente na sua recuperação. Ele implorou aos médicos que o operassem, mas tudo que eles podiam fazer era dar-lhe altas doses de morfina. Eventualmente, Naoya teve uma parada respiratória. Vendo seu filho se contorcer, buscando o ar, Toshiko teve um ataque de pânico e saiu correndo do quarto chorando, gritando pelos enfermeiros. Ela não podia suportar a ideia de que esses poderiam ser os últimos momentos de seu filho.
Quando a dispneia diminuiu, os médicos informaram a mãe aflita que era improvável que ele sobrevivesse mais do que 12 horas. Toshiko voltou para o quarto e tentou o seu melhor para agir com calma. Foi quando Naoya disse-lhe o seguinte:
“Mãe, se eu tivesse morrido sofrendo daquele jeito, isso teria te deixado chateada. Por isso que eu realmente tentei. Mesmo que tenha sido muito difícil. Eu sei o que você fez por mim, mãe. Você gritou: “doutor, rápido!”. Não se preocupe. Eu nunca vou morrer daquele jeito. Eu quero viver e ser alguém um dia. Eu vou viver e vou ser um homem velho um dia. Se você continuar tentando, você sempre vai ser feliz no final. Algumas coisas são difíceis mas, no final, tudo sempre vai ficar bem.”
À beira da morte e sentindo dor, a primeira coisa que veio a cabeça da criança foi tentar consolar a sua mãe.
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Naoya morreu em 2 de julho de 2001. Quando isso aconteceu, 2 semanas haviam se passado desde o momento em que o médico lhe deu apenas 12 horas de vida. Estes dias extras surpreenderam enormemente a equipe do hospital. Para os profissionais, a única explicação possível era a enorme força de vontade do menino. Durante seu tempo internado, ele disse essas palavras para uma das enfermeiras:
"Sabe, eu não posso morrer agora. Minha mãe não está preparada mentalmente e é por isso que eu ainda não posso morrer."
Talvez Naoya tenha pressentido que, para poder morrer em paz, ele precisava deixar sua família se acostumar primeiro com a ideia.
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Diagnosticado com câncer aos cinco anos, após cinco metástases e quatro cirurgias, Naoya morreu com apenas nove anos. Ele passou quase metade da sua vida no hospital, mas lutou corajosamente, permanecendo o menino amoroso e carinhoso que sempre foi até o final. Mas quando Naoya faleceu, Toshiko não chorou porque ela se lembrou do que seu filho havia lhe dito: “Mãe, não fique deprimida quando eu partir. Você precisa ser feliz e continuar vivendo. A alma é eterna, mesmo depois que o corpo se for.”
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A história de Naoya foi contada numerosas vezes na televisão japonesa. Suas sábias palavras fizeram muitas pessoas darem mais valor à vida. Se a sabedoria deste garotinho também mexeu com você, então compartilhe este artigo com todos que você conhece.
Naoya lutou até o fim e deixou um lindo legado. Em momentos de dor, eu me lembrarei de suas palavras “se você continuar tentando, você vai ser feliz”. Tem muita gente que quer continuar vivendo e perde a batalha contra a morte. Portanto, nós que estamos vivos, devemos dar o nosso melhor todo dia e lembrar de amar aqueles que nos são queridos e estão ao nosso lado. Obrigado, Naoya!

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